terça-feira, 2 de abril de 2013

2 de Abril - Dia Mundial da Conscientização do Autismo




Todo 2 de abril comemora-se o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, data criada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 2008 para pedir atenção ao transtorno do espectro autista (nome oficial do autismo), cuja incidência em crianças é mais comum e maior do que a soma dos casos de AIDS, câncer e diabetes juntos. No Brasil estima-se que tenhamos 2 milhões de autistas, mais da metade ainda sem diagnóstico.
Embora o autismo possa afetar crianças de qualquer raça ou etnia, é quatro vezes mais comum em meninos que em meninas. Por isso neste dia se usa a cor azul, para mostrar solidariedade e trazer o assunto à população em geral.

Você conhece o TDGrux?



TDGrux  é um jogo desenvolvido especificamente para auxiliar no desenvolvimento social e cognitivo de pessoas com Transtorno global do desenvolvimento (TGD), e faz parte de uma série de inovações do programa Tecnologia Cidadã. Este programa abrange toda a prefeitura e visa aumentar a qualidade de vida da população, oferecendo serviços, formação, acesso à internet e tudo que facilite a vida das pessoas. O programa também foca a inclusão global. Todas as inovações devem atingir a todos sem distinção, assim como todos os locais da prefeitura que atendem aos cidadãos devem ser globalmente acessíveis, inclusive para deficientes físicos e mentais.
Segundo o Centro de Inclusão e Apoio ao Autista de Guarulhos: Hoje parece que quase todo mundo conhece um amigo ou um parente que tem uma criança com algum transtorno do desenvolvimento. Não é surpresa, uma vez que as estatísticas atuais colocam uma criança a cada 116 no espectro autista.
A motivação para o desenvolvimento do TDGrux foi a falta de atividades similares a ele que pudessem ser adquiridas de forma gratuita. Foi idealizado visando aumentar a inclusão social e digital de deficientes,  buscando a inclusão global  independente de limitações físicas e mentais, dando oportunidades e condições de acessibilidade a todos.
O TDGrux trabalha para facilitar a interação das crianças com o ambiente, possibilitando maior aproximação das pessoas que as cercam. O jogo, que está em constante evolução, já é capaz de auxiliar pessoas com este transtorno, conforme estudos junto ao CIAAG - Centro de Inclusão e Apoio ao Autista de Guarulhos.
O jogo foi disponibilizado em duas versões, uma on-line e outra executável, atendendo a todas as plataformas.

É recomendável utilizar navegadores atualizados devido à utilização de tags de HTML5, sendo de extrema importância a atualização para desempenho eficaz do jogo.
O primeiro jogo do TDGrux é baseado no livro “Brincar para Crescer – Instituto SonRise”.  O jogo auxilia o desenvolvimento infantil de forma lúdica, tendo diversas opções de imagens, cores e áudio. Assim, as crianças poderão identificar os itens que mais lhe agradam, tornando a experiência do jogo personalizada e fácil de acompanhar.
Identificar os itens que mais atraem ou chamam atenção da criança é fundamental para que ela participe da atividade e possa falar o que vê. Focando nesse objetivo, a tecnologia surge como ferramenta para contribuir em seu desenvolvimento em todos os níveis.

Trabalhando com as Diferenças

Dia 21 de Março foi o dia Internacional da Síndrome de Down. A data é comemorada este dia porque esta data se escreve como 21/3 (ou 3-21), o que faz alusão à trissomia do cromossomo 21.
Aproveitando o momento de falar sobre como é trabalhar com pessoas diferentes, conversamos com a Agente de Inclusão Digital Josiane Moreira, que trabalha no Telecidadania Ottawa e teve um aluno Down assim que começou a dar aulas. Ela diz: “Para mim dar aula já era algo novo, e ter uma criança especial, em meio aos outros alunos de faixas etárias variadas era bastante desafiador.”

Cândido, de 13 anos, tinha dificuldade para se concentrar na aula, não sabia ler nem saber diferenciar as cores e não conhecia alfabeto. Josiane diz: Me preocupava pensando se ele acompanharia a turma, se aprenderia...e no decorrer do curso peguei um carinho muito grande por ele.
Josi e o aluno Cândido

“Quando estava ensinando o editor de texto, por exemplo, eu escrevia na lousa o nome dele e pedia que ele localizasse as letras no teclado. Pedia que ele tentasse copiar, e ficava ao lado dele, ajudando ele a digitar. Mostrava as cores e falava o nome delas.”

“A presença dele era muito especial nas aulas, todos os alunos gostavam dele e quando estava ausente todos sentiam sua falta. Quando eu tinha que interagir com ele e com os outros alunos, pedia que ele jogasse os jogos educativos que tem no Guarux, como o Potato Guy, que é mais conhecido como Senhor Batata. Nele você monta o personagem colocando os olhos, orelhas, roupas etc. Mostrava também o Ftk attack, que é um jogo de sobre cores, e falava das cores os nomes delas.
“A experiência de dar aula para um aluno com Síndrome de Down foi maravilhosa, e percebi que sempre é preciso saber mais, e que é preciso estar preparada para receber essas crianças. Saber como prender a atenção dela e de fato ensinar algo!
Inclui-los de fato em nosso mundo mostrar as cores, nomes dos objetos e ensina-los a escrever. Creio que é possível, só precisamos estar preparados para esse desafio e abraçar esta causa!
Para quem quiser saber mais, a Josiane tem um blog http://iinclusaodigitalesocial.blogspot.com.br, no qual descreve algumas experiências  do programa Telecidadanias, dicas de cursos e outras coisas.

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